domingo, 14 de fevereiro de 2016

Entrevista da Semana

Um dos legisladores mais jovens da história politica da cidade de Patos, Jefferson Melquíades (PMDB), que partiu dos movimentos estudantis e chegou a casa Juvenal Lúcio de Sousa, eleito pela situação, hoje faz oposição a gestão da prefeita Francisca Motta (PMDB), concedeu entrevista exclusiva ao Blog Sertão Político. Ele fez duras críticas a atual gestão e classificou como péssima a administração da prefeita. Ele também falou qual pode ser seu destino na política antes de lançar sua candidatura para renovar a cadeira de vereador na cidade de Patos.

Confira

1 – Quem é Jefferson Melquíades por Jefferson?
Sou um patoense nascido e criado aqui nessa cidade, pela qual sou absolutamente apaixonado e louco por essa terra, minha amada cidade. Aqui tenho minhas raízes, meus familiares, meus amigos, tenho a todos que nos rodeiam um grande apreço e carinho. No mais, um homem muito grato pelo mandato de vereador que a população me concedeu.

2 – O Sr. é um dos mais jovens vereadores da história política dacidade de Patos, de onde partiu tanta inclinação e vocação para a política?

Surgiu através do meu honroso pai Leudo Melquíades, pois o mesmo sempre se fez presente em movimentos políticos, ações dentro da política. Por conta dessas atividades dele, acabei ingressando na vida pública também. A partir dos meus 18 anos de idade eu concorri a primeira vez a uma cadeira na câmara de vereadores. Desde então estou prestando serviço, me dedicando a população da minha cidade. Por conta de meses não fui o vereador mais jovem de toda a história da cidade de Patos.
3 – Existe alguma cobrança diferenciada por o Sr. ter sido eleito tão jovem já sofreu algum preconceito?
Eu não diria preconceito, mas a dificuldade é de ser tão jovem, alguns pesavam, é um menino, não vai ter experiência com situações que vão surgir que são várias e que precisa se ter amadurecimento, para se posicionar com sabedoria atitudes maduras. Críticas sempre existiram, mas para isso, já me preparei para corresponder a altura essas cobranças. Com estudos, instruções, aperfeiçoamento e através da prática. Não tem experiência maior do que você praticar é de onde vem o próprio aprendizado. Quando conseguimos lograr nosso objetivo nós demonstrando o amadurecimento necessário para ocupar uma vaga na casa Juvenal então desde muito cedo, os boatos e as afirmações que duvidavam da minha experiência e da minha capacidade na câmara foi logo caindo por terra, por eu conseguir provar que tinha condições de representar a altura o povo de Patos como estamos representando agora. Hoje as críticas são positivas pela minha atuação, nunca falando da nossa falta de experiência. Pelo contrário apesar de jovem, conseguir mostra um amadurecimento além do que a idade me dava e isso a população patoense é testemunha, a imprensa é testemunha da capacidade de poder estar representando essa população.

4 – Como o Sr. vê a atuação dos jovens e adolescentes na política algo o preocupa?
A política ela assim como todas as classes é renovável, ai é onde eu vejo a chegada dos mais novos. Quando eu vejo um jovem assim como eu fui ingressando na política fico muito satisfeito, pois acho muito bom pra política. Eu acreditando que a juventude tem condições, capacidade de representar a população em qualquer área que seja. A vontade de aprender, mostrar serviço, mostrar trabalho de fazer a nossa história. Isso tudo se transforma em energia, entusiasmo para poder marcar seu nome e conseguir seu espaço. Mas se analisarmos a política patoense percebo que o jovem precisa atuar mais, não só em Patos, também na Paraíba e no Brasil. Talvez seja falta de estímulos para que nossos adolescentes possam ingressar na política, pensar, agir como cidadão desde cedo e ter seu espaço e representar sua classe, mais tarde um cidadão politizado.

5 – Eleito pela situação hoje exerce uma oposição forte contra a gestão da prefeita Francisca Motta, o que mudou tanto nas propostas que o Sr. acreditava há quatro anos atrás?

O que d fato causou a ruptura com o grupo da prefeita, foi o episódio que ocorreu na eleição para presidência da mesa diretora da câmara municipal. Após aquele fato, o grupo que sempre fiz parte e apoiei aqui na cidade, sempre fui fiel, sempre dando apoio, não fomos prestigiados pelo grupo da prefeita. Tratados com indiferença, na verdade fomos renegados pelo grupo da prefeita. A partir disso, analisamos que iriam me apoiar para presidência daquela casa, porém na surdina estavam tramando e apoiaram outro nome. Jogaram sujo comigo, apesar da história que tínhamos com o grupo. Pensando nisso, eu com mandato outorgado pelo povo, independente e com uma nova força, com uma nova forma de trabalho, decidi não acompanhar mais esse grupo. Depois atitudes tomadas pela prefeita, como retirar os ambulantes das Ruas Leôncio Wanderley e João da Mata, às seis da manhã o batalhão de polícia, tratores, retirando os trabalhadores do seu espaço sem um local certo parapoderem trabalhar. A partir dai, foram várias ações que a prefeita realizou que não condizia com o que ela havia prometido em campanha. Então ela não enganou apenas o vereador Jefferson, enganou a população de Patos. Por esse e outros motivos que não mais fiz parte do grupo que dá sustentação a gestão dela na câmara.

6 – Algumas pessoas creditam essa postura sua a falta de apoio financeiro por parte da prefeitura. Como o Sr. analisa essas e outras críticas depois que começou a fazer oposição?

Em primeiro lugar essas críticas nós sabemos de onde vem, vem dos becos de fuxico da prefeitura municipal de Patos, onde tem um bocado de gente que não faz nada e recebe dinheiro da prefeitura, pra tá mentindo e encobrindo o que a prefeita faz de errado. O fuxico nós não damos tanta relevância, ouvimos mesmo o povo de Patos, que conhece nossa história e sabe que não somos de nos vender, não sou mercenário, por isso não sou de receber migalhas. Não sei se a prefeita usa desse expediente se usar eu quero está bem longe, para poder levar meu mandato independente. A minha insatisfação foi a partir do episódio da eleição da câmara, depois a falta de diálogo me fez sair do grupo, o desprezo a perseguição dentro do próprio partido. Minha insatisfação se deu basicamente por isso e não por falta de apoio financeiro.
7 – A partir dessa postura no campo da oposição, o Sr.  deixará o PMDB? E qual será a sigla que vai lhe abrigar?
Eu deixarei sim o PMDB em breve, e existe conversações com alguns partidos políticos, inclusive sendo convidado para ser presidente do partido. Não posso revelar agora, mas garanto ao blog Sertão Político a exclusividade do anúncio de qual será minha nova legenda. O que eu posso adiantar agora, é que tem uma sigla que oferece um projeto a longo prazo, para se fazer um trabalho independente. Para inclusive sair da polarização dos dois grupos políticos e Patos não pode ficar a mercê apenas dessas dois grupos é preciso que surja outros nomes, outras vias. Só assim quem sabe um dia termos um prefeito que não seja oriundo dessa oligarquia que se implantou aqui na cidade. Vendo toda essa postura, esse ideal, chamamos atenção de alguns partidos que desejam que o vereador Jefferson assuma a presidência da sigla e fortifique o partido e quem sabe no futuro abranger, juntar mais e formar uma terceira via forte para poder disputar as eleições. Vamos sentar e discutir qual seria o melhor partido para eu migrar, melhor para aqueles que me acompanham? Isso tem que ser analisado, massa até março quero ter uma resposta para todos.

8 – O PSB e o PMDB caminharam juntos nas ultimas eleições e mantém uma aliança a nível municipal e estadual. Como o Sr. vê essa aliança e se isso pode atrapalhar sua candidatura a renovação de mandato?

Nós temos um grupo na cidade que não apoia essa aliança, já deixamos claro para o governador a nossa intenção do governador lançar candidatura própria na cidade de Patos. Mas sabemos que a questão da politica local, vai depender da conjuntura estadual. De como será definido o apoio do PMDB em João Pessoa, Campina e depois é que vem para Patos. Ainda é um pouco cedo para dizer se essa aliança vai se repetir aqui em Patos. Deixo bem claro que esse grupo pretende uma candidatura própria do governador Ricardo Coutinho. Pela aceitação dele na cidade, o governador tem condições suficientes de lançar um candidato e a população acompanhar, então podemos até ser uma surpresa nas eleições. Por acreditar nesse potencial, estimulamos o governador a lançar uma candidatura própria. o próprio governador pediu paciência para analisar os cenários e em seguida tomar sua decisão.

9 – Como o Sr. avalia a gestão da prefeita Francisca Motta?

Minha avaliação é a pior possível, péssima. Não é o vereador Jefferson quem está dizendo, é a população que julga, nós temos pesquisas internas, enquetes em redes sociais demonstrando que mais de 70% da população credita a gestão da prefeita como péssima. Não é nem classificada como ruim, é péssima. É uma insatisfação geral na cidade de Patos, com quem você conversa, por onda a gente anda, você vê a população inteiramente insatisfeita. A não ser aqueles que têm algum tipo de beneficie, que tem ligação que tire proveito da prefeitura que diz que a administração é boa. Porém o restante da população patoense define como péssima e olha lá se não como a pior da história política da cidade. Uma cidade do porte de Patos, não pode ter uma administração pequena, devíamos ter aqui uma grande obra inaugurada pelo município a cada ano. Obra com dinheiro azul e branco da prefeitura municipal de Patos. Porém, o que temos são obras inacabadas desde a gestão passada, UPAS que nunca foram entregues, o Rivaldão caindo aos pedações, pedindo socorro, o estádio municipal sem o complemento das arquibancadas por trás do gol que eram pra ter sido feitas por completo na gestão passada e não foram concluídas. Uma gestão totalmente amadora.  Os problemas se acumulam galerias estouradas que se multiplicam, porque a prefeitura não toma providência. A prefeitura envolvida em vários escândalos, a Polícia Federal investigando, o Ministério Público Federal fiscalizando, fraudes em licitações, obras superfaturadas. Isso denigre a imagem da cidade. Eu desafio aqui a qualquer um dizer, qual foi a grande obra que essa gestão entregou a cidade de Patos? A nota que podemos dar é apenas dois (2), não podemos dar zero de tudo, por isso a nota é dois.

10 – Qual mensagem o Sr. deixa para nossos internautas em um ano tão importante para o futuro do nosso município

Quero deixar claro que estou tentando fazer valer a pena o voto de confiança que foi me dado em 2012, com competência, responsabilidade, empenho, tudo em prol da população patoense. Peço a população que não desacredite na classe política pois são exceções aqueles que não querem nada com o povo e que o próprio povo vai se encarregar de tirar da vida pública. Existem políticos que querem o melhor para seu povo. Eu sou um político que acredito que posso transformar a vida social do meu povo, o povo ao qual eu represento. Eu peço que a população analise bem cada candidato, procure ver sua história e suas intenções na política. Esse ano é de grande responsabilidade, ano difícil mas de muitas vitórias e glórias para todos nós, é isso que eu desejo a todos.

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