Empresário no ramo de
comunicação, político por vocação, duas vezes prefeito de Patos e eleito
deputado estadual, no seu primeiro mandado já 1º secretário da mesa diretora da
Assembleia Legislativa da Paraíba. Nabor Wanderley da Nóbrega Filho, 50, e uma
vida de militância filiado ao PMDB, são 32 anos na mesma legenda. O ex-prefeito
concedeu entrevista exclusiva ao blog Sertão Político, falou sobre sua carreira
como homem público, os seus dois mandatos como prefeito de Patos, seu novo
desafio como deputado e os projetos para o futuro. Os nossos internautas poderão conhecer um
pouco mais do político, do homem, pai de família e do cidadão Nabor Wanderley.
Confira:
1
– Quem é Nabor Wanderley por Nabor?
É sempre difícil a gente
falar de nós mesmos. Mas Nabor Wanderley é essa pessoa simples, humilde que
procura sempre tá perto do povo, daqueles que mais precisam. Que tem uma
responsabilidade muito grande naquilo que faz e que desde cedo teve
responsabilidade em começar trabalhar, pois perdi meu pai logo cedo e tive que
ajudar minha mãe. Eu procuro realmente fazer tudo na vida, da melhor maneira
possível, tenho procurado me dedicar não só a questões públicas, mas em questões
pessoais de amizade e respeito com as pessoas. Sempre da melhor maneira
possível, sempre do mesmo jeito nunca deixando que um cargo alguma missão que a
gente assuma seja maior do que nós. Procurando sempre fazer da minha vida um
espelho para meus filhos, para as pessoas que me seguem, que nos acompanham e
que são admiradores do nosso trabalho.
2
-
Diretor de rádio, empresário no ramo de
publicidade, prefeito por duas vezes e agora Deputado Estadual, qual análise o
Sr. faz de sua trajetória política até hoje?
Minha vocação política vem
de dentro de casa, meu pai foi prefeito de Patos, minha família toda milita
politicamente aqui na região, partindo de São José de Espinharas, de onde praticamente
partiu nossa família. Sempre gostei de política, sempre cumpri meus mandatos
com responsabilidade e respeito a todos. Também tive outra grande fonte de
inspiração na política que foi o deputado Edvaldo Motta. Político popular,
misturado ao povo, dedicado ao seu ofício e também me espelho na história
política da prefeita Francisca Motta, pela sua forma de trabalhar e fazer
política. A partir dai comecei a fazer os meus trabalhos. Na vida pública
perdemos eleições para prefeito, depois vencemos, duas disputas consecutivas,
elegemos a nossa sucessora e me elegi deputado estadual. Tudo com muita
responsabilidade e compromisso com o trabalho, pois na hora que a população
elege e dá um voto de confiança você tem que corresponder e eu tento
corresponder com trabalho, talvez por isso que estou militando na política. Pela
confiança das pessoas. Sou grato a população de Patos e região por ter me
concedido tudo isso que alcancei dentro da política. Eu afirmo que tudo que eu
fizer por esse povo ainda é pouco, pelo tamanho da confiança que eles tem na
minha pessoa.
3
– Como foi seu primeiro ano de mandato na ALPB e a responsabilidade de ser
tesoureiro da assembleia?
Eu assumi a primeira
secretaria da Assembleia, dividindo a responsabilidade com o presidente da casa
Adriano Galdinho que tem uma grande responsabilidade para com os trabalhos
daquele poder, dando condições para os deputados trabalharem da melhor maneira
passível. Ser primeiro secretário da mesa da Assembleia logo no primeiro
mandato, foi uma alegria muito grande, do tamanho da responsabilidade de procurar
fazer com que os trabalhos sejam realizados da melhor maneira possível. E nesse
no meu primeiro ano de mandato, procurei ouvir as pessoas, ouvir a população da
Paraíba. Apresentei diversos projetos de lei, num total de 23. Destes seis já
foram aprovados na casa por unanimidade e sancionados pelo governador; os
demais estão em tramitação, mas são projetos que trazem benefícios ao povo
paraibano. São de interesse de melhoria de vida da população. Além disso
discutimos temas importantes para melhoria de vida para os paraibanos, cobrando
do governo essas boas ações, votando projetos de lei que são de interesse da população
paraibana. Mesmo sendo da base do governo temos obrigação de analisar tudo
aquilo que vem para melhorar a condição de vida do povo da Paraíba. Dessa forma
o governo poderá voltar seus trabalhos para aqueles que mais precisam. Eu tenho
procurado agir dessa forma, de um parlamentar que quer o bem do estado e do seu
povo.
4
– Qual avaliação o Sr. faz do momento atual da política nacional, com o seu
partido PMDB sendo protagonista de tantos debates, conflitos e dirigindo câmara
e senado?
Para o nosso partido o PMDB
é muito importante dirigir a câmara e o senado federal, nós temos um papel
importante nesse momento de tribulação para dar garantia de governabilidade a
presidente Dilma Rousseff. Porém a atual situação política que atravessa o país
me preocupa, vemos muitas denuncias, escândalos, crise política que tem mergulhado
o país nunca crise econômica, pois tudo parte de uma crise política. Pois se
fossem tomadas as medidas de ajustes que são necessárias, talvez não estivéssemos
numa crise tão grande. Espero que este ano a classe política se entenda, o
governo retome as obras as ações que visam gerar emprego e renda e o
brasileiro, nosso país que vinha num ritmo tão grande de crescimento, possa
voltar ao mesmo ritmo. Para isso é preciso que tenham o interesse maior da classe
política a nível nacional, que eles pensem não apenas na política momentânea,
mas que pense realmente nas pessoas, para dar suporte apoio aos vinham
melhorando de vinda e de repente perderam o emprego sua renda e volta a ter
dificuldade pra se viver. É momento de cautela e responsabilidade para com a
gestão, para que o governo possa trabalhar implementando as obras, ações e o
país retomar o caminho do crescimento.
5
– Depois de dois mandatos como prefeito e agora um de deputado, existe a
possibilidade do Sr. voltar a disputar a prefeitura municipal de Patos?
Para nós que vivemos no meio
político nunca podemos descartar as possibilidades, confesso que no momento não
estou pensando nisso, pensamento nesse momento é de trabalhar, cumprir o
mandato de deputado, dar o suporte necessário para que a prefeita Francisca
possa fazer o seu trabalho como ela vem fazendo e bem e tem todas as
possibilidades de disputar a reeleição e continuar seu trabalho sério, de
responsabilidade e competência com a cidade. Problemas sabemos que existem, mas
não só Patos, outros municípios, o estado, o país como um todo. A prefeita
assumiu o município em um momento de muita dificuldade, mas com muito zelo,
cuidado, responsabilidade e acima de tudo o amor que ela tem por esta cidade,
está conseguindo controlar as finanças públicas e cumprir com os sues compromissos
no momento em que estados e municípios brasileiros estão atrasando salários,
sem ter condições de cumprir com suas responsabilidades e ela está mantendo
tudo isso em dia. Então nesse momento que nós queremos é fortalecer o partido,
a aliança com os partidos que fazem parte da base e darmos o suporte e apoio
necessário para que ela possa disputar a reeleição e continuar o trabalho que
ela vem fazendo da cidade.
6
– Qual avaliação o Sr. faz da gestão da sua sucessora a prefeita Francisca
Motta, o Sr. tem participação na gestão, dá dicas, ela o escuta ?
Eu não sou muito de
interferir. Fui prefeito por dois mandatos e acho que o gestor tem que te o
poder de tomar as decisões. Sempre que sou procurado pra dar alguma opinião eu
assim faço, mas a prefeita tem a responsabilidade de administrar a cidade, tem
a experiência de uma vida dedicada ao povo e tem condições realmente de tomar
as decisões necessárias sem interferência de qualquer pessoa. Tem procurado
tocar obras importantes da cidade, tem controladas as finanças públicas apesar
de todas as dificuldades em que passam as prefeituras, os estados e o país. Mas
é preciso avançar mais em algumas áreas, como a saúde. Mesmo com o pouco
repassa do governo federal o município precisa encontrar uma maneira de
investir mais em saúde. A parte de infraestrutura, o governo federal depois da
crise se fechou pra investimentos, atrasa seus repasses além de outros
empecilhos. A prefeita tem uma grande vontade de trabalhar, é notável isso,
sentimos isso. Agora eu percebo que alguns setores não estão acompanhando seu
ritmo, ela precisa chamar o feito a ordem na sua administração. Ela precisa
retomar o crescimento, colocar algumas pessoas para trabalhar, sem querer citar
nomes existem pessoas dentro da sua gestão que não querem trabalhar que não
veste a camisa do jeito que a prefeita está vestindo. Na hora que um auxiliar
não tá cumprindo e atendendo a demanda da gestão. É hora de chamar o seu
secretariado a responsabilidade e entro dessa estrutura aqueles que não querem
cumprir o que for designado, fazer uma reforma administrativa e mudar pra
tentar faze com que se dê um gás novo em alguns setores, e que os novatos
possam fazer um trabalho com eficiência e acompanha-la no desejo na vontade e
no sonho que ele tem de cumprir um mandato a altura da confiança que o povo de
Patos lhe depositou.
7
– Como está sendo a aliança com o governador Ricardo Coutinho, há algum acordo
para as eleições deste ano em Patos?
O apoio ao governador foi
com base a uma discussão interna no partido que viu que nesse momento seria o
melhor para a Paraíba, já que o nosso candidato Vital do Rêgo não foi para o
segundo turno e a continuidade administrativa era com Ricardo Coutinho, que
vinha trabalhando pelo estado. O apoio do PMDB foi importante e decisivo para
que Ricardo tivesse a confiança do povo paraibano para ser reeleito governador
da Paraíba. Nós estamos dando suporte não só na Assembleia legislativa como também
fazendo parte do governo e creio que ele está no caminho certo, apesar da
crise, o governador tem se preocupado em trabalhar e levar o desenvolvimento
para todo estado da Paraíba. Em relação a eleições desse ano ainda não tivemos
discussões, acertadamente o congresso diminuiu o tempo de 90 para 45 dias. Então
essa é hora de trabalhar, esse período foi diminuído para se trabalhar mais. Nesse
período nós vamos abrindo as discussões com o governador, tem que ser de partido
pra partido, para ver onde podemos fazer alianças. Onde o PMDB vai ter
candidatos onde o PSB vai ter, onde teremos coligações, enfim em uma discussão
que só será aberta no fim de março ou início de abril. Mas espero que a gente
possa manter essa base aliada de apoio ao governo dentro do processo eleitoral
em Patos e em todos os municípios da Paraíba.
8
– As demandas de um deputado comparado as de prefeito, como explicar as diferenças
de cada cargo?
Existe uma diferença, porque
quando você é deputado você não tem o poder de decidir, apenas fazer cobranças,
apresentar projetos de lei, requerimentos, faz os pronunciamentos, você é um
porta voz da população, intermediando o povo ao governo. No executivo você
executa, resolve. É uma diferença muito grande, quem faz esse percurso do
executivo para o legislativo sente essa diferença, porque é totalmente
diferente. Apesar de está na Assembleia há um ano, estamos ainda em no processo
de adaptação, mas nem por isso deixamos de está cobrando mais investimentos na
saúde, perfuração de poços, de ações de combate a seca, de projetos de lei que
visa a melhoria de vida por exemplo das mães que são vítimas de violência,
projetos preocupados com setor de telefonia para diminuir custos para
população, projetos voltados a melhorar a vida de portadores de necessidades
especiais. Meu mandato eu tento exercer focando principalmente para as demandas
que afloram mais da população; entra a cobrança. Não existe o poder da decisão,
mas cobro a aprovação dos projetos e requerimentos junto ao governo,
secretarias para que as ações cheguem aos municípios para o povo paraibano.
9
– As cobranças por parte da população, como prefeito e como deputado, como o
Sr. está assimilando e o que pode falar das duas experiências?
Os problemas são muito
parecidos, a situação de Patos não é diferente do que ocorre em Malta, São José
de Espinharas, Mãe d’Água ou São José do Bonfim, proporcionalmente os problemas
são os mesmos. Uma cidade do tamanho de Patos, demanda uma quantidade maior de
problemas. Devido a eu ter uma experiência, uma vivencia em relação a isso,
isso auxilia no nosso mandato no encaminhamento dos projetos e dos requerimentos
para solução desses problemas. Não tenha duvida que facilita o nosso trabalho
pela experiência que tive como prefeito em relação aos projetos, facilita o nosso
trabalho em termos de Assembleia Legislativa. Da mesma forma temos que ter o
discernimento que muitas vezes de que um pedido nosso não pode ser atendido,
pela questão financeira, falta de orçamento, sabemos da crise que o governo
passa assim com o país. Então temos que entender que nossas demandas não podem
ser atendidas, não por falta de vontade do governador, mas muitas vezes por
questões financeiras que o estado não pode atender. No mais a problemática que
existe dia a dia na Paraíba em praticamente em todos os municípios elas são
muito parecidas e isso facilita o nosso trabalho.
10
– Que mensagem o deputado deixa para o os nossos internautas em ano de eleição
e com a classe política tão desgastada?
Apesar de estar em um
momento de dificuldade, eu acredito que a classe política precisa dar uma resposta
a população em termos de credibilidade e de ações. Isso a gente tem procurado fazer
no nosso município e no mandato que exerço de deputado, estamos em um ano
eleitoral, a população precisa ter muito cuidado, porque está nas mãos do
eleitor o futuro de todos nós patoenses, paraibanos, brasileiros. Muitas vezes
é muito fácil o discurso de quem é oposição, que prega mudança, mas que na
verdade não muda nada praticamente. A população precisa ter a responsabilidade
e o pé no chão de saber escolher o que é melhor pra ela, escolher aquele que
ela confia que sabe que vai trabalhar, corresponder a sua confiança. É muito
fácil chegar e criticar, já fui oposição e já fui governo, procurei sempre
corresponder as demandas. Quando oposição apresentava propostas, quando
situação exercendo os mantados de prefeito cumprindo nossos compromissos. Por isso
digo que o eleitor tem que está atento, para com aqueles que serão candidatos,
a responsabilidade daqueles candidatos, as propostas se realmente ele colocaria
em prática o que joga para a população por exemplo se chegasse a um cargo de
prefeito? Então renovo meus votos de compromisso com a população de trabalho,
confiança com o povo de gratidão pelas oportunidades que sempre me deram. Acredito
que a única forma de corresponder a tudo isso é continuar trabalhando para
transformar o nosso estado, a nossa cidade e dar cada vez mais melhores
condições de vida ao nosso povo.