Na última semana, após reunião com o
presidente interino Michel Temer, o presidente da Confederação Nacional da
Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, defendeu que o governo promova
mudanças duras na Previdência Social e nas leis trabalhistas, chegando a citar
a possibilidade de até 80 horas semanais de trabalho.
“O grande empresariado brasileiro é
muito engraçado. As propostas da CNI são o cúmulo do cinismo. Na hora de propor
sacrifícios só lembram dos trabalhadores. Se querem que os trabalhadores
se sacrifiquem, comecem dando o exemplo. Por que não propõem a revisão dos R$
400 bilhões que gastamos com juros e os R$ 62 Bilhões de isenção previdenciária
dados às empresas apenas em 2015? Por que também não propõem a taxação das grandes
fortunas?” questionou o deputado.
Para o deputado estadual Anísio Maia,
está claro que mais uma vez o empresariado quer que a classe trabalhadora pague
sozinha a conte de uma crise econômica internacional. “Não foram os
trabalhadores que fizeram esta crise. Aliás, somos um dos únicos países do
mundo que não tributam a taxa de lucros, heranças e grandes fortunas, sem
contar que todo o empresariado ganha rios de dinheiro com a especulação
financeira causada por nossa exorbitante taxa de juros”, argumentou.
O petista observa que o Brasil desenhado
por Temer e os empresários é um país sem Sistema Único de Saúde, com uma idade
de aposentadoria superior à expectativa de vida em grande parte dos estados
brasileiros e com uma jornada de trabalho muito acima da atual.
Parlamentopb.com.br
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