O deputado estadual Anísio
Maia (PT) afirmou que após o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) o
país se dividiu em dois campos distintos e que o PSB se afastou do PMDB,
situação que deve se repetir na Paraíba. Para ele, os recentes gestos de
aproximação entre os senadores José Maranhão (PMDB) e Cássio Cunha Lima (PSDB)
demonstram que os peemedebistas encontraram o lugar deles, “ao lado das oligarquias
e da política tradicional”. Segundo ele, não há mais clima para uma aliança do
Governo do Estado com o PMDB.
“Com
esses últimos movimentos a nível nacional na discussão do impeachment da
presidente Dilma criou-se naturalmente no Brasil dois grupos e na Paraíba o PSB
ficou no grupo da resistência, de apoio à presidente, do lado da luta pela
democracia. Então o PMDB encontrou o seu lugar, das oligarquias, dos políticos
tradicionais, daqueles partidos que só querem a sombra. O PMDB naturalmente vai
caminhar para este campo, que aliás é o lugar certo do PMDB, junto com Cássio
Cunha Lima, com esse povo, porque eles são muito parecidos”, explicou.
Em
virtude disso, Anísio acredita que não há mais clima para uma união entre o
PMDB e o PSB, legendas que estão no mesmo arco de alianças desde o segundo
turno das eleições de 2014, quando o governador Ricardo Coutinho (PSB) foi
reeleito. “Ricardo Coutinho teve uma posição corajosa neste processo de
impeachment. Ele se arriscou, inclusive ficando do lado mais fraco. Agora não
tem mais clima de juntar o PMDB com o PSB. Onde vai colocar Manoel Junior? Tem
lógica? O lugar certo dele é ao lado de Cássio Cunha Lima”, disse.
Segundo
ele, inclusive o senador José Maranhão está se aproximando de Cássio em busca
do apoio para a pré-candidatura do peemedebista à prefeitura de João pessoa.
“Manoel Junior tem o apoio de Maranhão que também está louco pelo apoio de
Cássio. Porque o PMDB não discute ideias, discute onde é que ele tira vantagem,
onde ganha mais. Este povo tem que estar junto no mesmo palanque e o povo que
discute ideias, propostas, deve estar em outro. O PSB é do grupo que tem
proposta, que não vai guiado pela sombra, que vai guiado pelo que é importante
para o Estado e para o Brasil”, disse.
Anísio
Maia ainda afirmou que no caso do rompimento, o PMDB tem poucos cargos a
entregar no Governo do Estado da Paraíba. “Nem acho que tem muitos, tem
pouquíssimos cargos. Eu vi a lista de 30 cargos, cargos de segundo, terceiro e
quarto escalão. Na verdade, parece que Ricardo Coutinho já estava sabendo que
ia ser traído pelo PMDB e colocou o partido em uma posição um pouco ou muito
inferior ao tamanho do partido”, declarou.
Blog do Gordinho
Nenhum comentário:
Postar um comentário