Foi depositado hoje nas contas das prefeituras paraibanas R$
75.381.109,86 referente ao 3º repasse do Fundo de Participação dos Municípios
(FPM). Em queda, o valor é aproximadamente 3,7% inferior ao valor do mesmo
repasse do ano passado. De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios
(CNM), o montante repassado para todo o país será de R$ 1.866.619.9883,92, já
descontada a retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Se for
considerada a retenção, isto é, incluindo o Fundeb, o montante é de R$ 2.333.274.979,90.
Em 2015, o valor do 3º
repasse de FPM de maio foi de R$ 78.190.673,93, o que representa uma redução de
R$ 2.809.564,07 nos recursos distribuídos hoje entre os municípios paraibanos.
O valor divulgado pela CNM não inclui a Capital João Pessoa. Em todo o país, a
CNM identifica queda de 3,63% na transferência. Com a divulgação desse último
repasse, é possível perceber que o FPM no mês cresceu nominalmente 6,64% em
relação a maio de 2015. Entretanto, quando é levada em conta a inflação, houve queda
de 1,69%.
A CNM destaca que, no
acumulado de 2016, o FPM soma nominalmente R$ 36,329 bilhões frente aos
R$ 37,005 bilhões do mesmo período de 2015. Em termos nominais, o
somatório dos repasses caiu 1,83%, o que caracteriza uma redução nos valores
efetivamente repassados. O cenário de queda nominal dos repasses realizados ao
fundo é extremamente preocupante.
A Confederação ainda ressalta que se for considerado os efeitos danosos da inflação, o fundo acumulado em 2016 apresenta queda de 10,53%.
A Confederação ainda ressalta que se for considerado os efeitos danosos da inflação, o fundo acumulado em 2016 apresenta queda de 10,53%.
Diante dessas informações,
a CNM reforça que a redução prejudica ainda mais as finanças municipais e deixa
os gestores em uma difícil situação: com menos recursos para custear o aumento
de obrigações impostas e o aumento de preços consequente da alta inflação. O repasse
do 3° decêndio de maio superou as expectativas divulgadas pela Secretaria do
Tesouro Nacional (STN) em 8,51%. O crescimento não previsto pode ser
consequência da arrecadação de recursos através da repatriação de divisas.
No entanto, apesar de os
montantes do mês de maio terem sido superiores aos previstos pela STN, a CNM
pede cautela aos gestores municipais em razão de que tradicionalmente os
próximos meses costumam apresentar os menores repasses do ano. Nesse contexto,
a entidade solicita aos gestores que mantenham atenção aos seus planejamentos
financeiros, principalmente por se tratar de um ano de encerramento de mandato
e de fechamento de contas de toda a gestão.
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